Se você tem dúvidas sobre as diferenças dos espaços exclusivos para ciclistas, esse é o artigo certo para entender melhor como funcionam. Nós do Bicicleta para todos te explicaremos sobre cada um. Continue lendo para conferir.
Os espaços para pedalar são um direito garantido pelos ciclistas e servem para garantir a segurança em todo o percurso devido à estrutura pouco segura da bike.
Dessa forma, é possível completar o percurso sem ser incomodado por motociclistas ou motoristas de carro.
Entretanto, mesmo amando realizar pedais, muitas pessoas não sabem a diferença entre ciclovia, ciclorrota, ciclofaixa e espaço compartilhado.
Ou, desconhecem sobre direitos e deveres de quem anda com a “magrela”.
No artigo abaixo explicaremos para você todas essas informações.
Faixas para ciclistas
Os ciclistas estão cada vez em maior número, seja com uma bike nova ou comprando uma bicicleta usada para aproveitar de benefícios que só os pedais proporcionam.
As faixas para ciclistas são mais que necessárias quando pensamos no quesito segurança.
Com pistas adequadas, bem sinalizadas e fiscalizadas ocorrerá a diminuição dos acidentes de transito envolvendo os ciclistas que podem ser gravemente feridos e perderem suas bikes.
Se você acredita que corre riscos assim, recomendamos que entenda se o seguro para bike é bom para sua necessidade.
Pensando nisso, quem pratica pedal está protegido por algumas leis e como garantia está o direito a faixas exclusivas.
Confira abaixo a diferença entre elas.
Ciclovia
A ciclovia é um dos espaços destinado ao trânsito de ciclistas.
O que a diferencia dos demais é a delimitação do espaço que é feito com uma barreira para promover maior segurança e exclusividade já que o local não cabe um carro, por exemplo.
Isso impede que motoristas de automóveis aproveitem a via para economizar tempo no trânsito.
Essa barreia pode ser feita com o meio fio, cilindros, mureta ou blocos de concreto na altura certa para que nenhum outro meio de transporte consiga entrar.
É muito comum a presença de ciclovia nas praias, já que geralmente são localizadas em locais de muito fluxo de carros e motocicletas, por isso, seria perigoso pedalar em vias compartilhadas.
As ciclovias são mais usadas por quem pratica o pedal simples usando bikes urbanas, pois, é apenas uma faixa delimitada com barreira, não teria possibilidade da prática de outras modalidades.
É comum vermos idosos e crianças pedalando nesses locais para praticarem atividade física ou se divertirem fora de casa.
Ou, adultos que preferem pedalar como forma de movimentar o corpo devido aos benefícios que usar a bike proporciona, além de ser uma atividade dinâmica e que possibilita descobertas.
São certamente as vias exclusivas para bicicleta mais comuns em grandes cidades.
Ciclovia Operacional
A Ciclovia Operacional é, ao contrário da ciclovia comum, usada em ocasiões específicas.
São feitas para eventos temporários e controlada por agentes de transito para promover a segurança usando como barreira os cones, grades, fitas, etc.
Essa categoria pode confundir muita gente, que conhece a ciclovia como algo que só surge aos domingos, mas, na verdade, essa situação implica uma ciclovia operacional.
Montada em um dia da semana com barreira temporária para promover evento coletivo e desmontada após o termino do pedal.
Ciclofaixa
A Ciclofaixa é bastante semelhante à ciclovia, a diferença é que não existem barreiras físicas para separá-la das vias comuns de transito.
Além de serem mais simples, também requerem menor investimento financeiro para serem construídas, entretanto, são indicadas em locais onde o tráfego de carros é mais calmo.
Mesmo que não possuam delimitadores com relevo para a separarem das demais faixas, são bem sinalizadas, legendadas e coloridas para não ter dúvidas quanto a finalidade.
Podem conter “olhos de gato”, as lâmpadas comuns em pistas asfaltadas, ou tartarugas como os que separam as faixas para ônibus, para facilitar o pedal noturno.
É comum que as ciclofaixas sejam delimitadas apenas por uma linha, mas, podem ser melhores organizadas quando pintadas com cores chamativas.
Diversos locais conhecidos como ciclovias são, na verdade, ciclofaixas, por não apresentarem barreira física para separar dos carros e motos, mas, ainda assim possuem a mesma finalidade.
Essas pistas exclusivas podem ser de mão única ou dupla, sendo essa segunda mais organizada.
Uma das ciclofaixas mais conhecidas e usadas que temos no Brasil é a do Parque Ibirapuera que tem 2.745 metros de comprimento que foi implementada para incentivar o uso de bicicletas na cidade.
Mesmo sendo um ótimo exemplo de incentivo ao estilo de vida saudável e seguro ao meio ambiente, apresenta diversos problemas estruturais que causam conflitos entre ciclistas e pedestres.
Ciclorrota
A Ciclorrota é, em resumo, uma rota recomendada para ciclistas terem acesso a determinado destino com agilidade e segurança.
Mesmo que não seja um espaço corretamente e delimitado como os descritos anteriormente, podem apresentar barreiras e sinalizações específicas para quem pedala.
Essa é, na verdade, uma indicação de caminho mais interessante e propício para quem está indo usando a bicicleta, caminho esse que não seria interessante para carros e motos, por exemplo.
Além de ser um trajeto oferecido pode também ser a melhor opção para passeios turísticos e circuitos esportivos.
Mesmo que signifique um avanço quanto ao direito de circulação do ciclista, esses percursos dificilmente apresentam fiscalização.
Além disso, ainda não temos a consciência necessária vinda dos motoristas, que podem continuar buzinando para liberar o espaço na estrada ou pista.
Algumas ciclorrotas são abandonadas pelos governantes locais que não renovam a pintura do chão e dificultam a visualização das sinalizações.
Outras ainda não possuem a obrigatoriedade quanto a redução de velocidade, o que coloca os ciclistas em risco de acidentes.
E, como meio de transporte pouco seguro que é a bicicleta, são necessárias implementações de regras mais efetivas e que sejam fielmente cumpridas por motoristas em c
arros e pilotos em motos.
Evitando principalmente que espremam os ciclistas e os forcem a sair da via que por direito também pertence a eles.
Espaço Compartilhado
O espaço compartilhado, como o próprio nome sugere são locais permitidos para a locomoção usando a bike, mas, que deve ser dividido com outras categorias.
Dessa forma, mesmo que apresente sinalização adequada como desenhos de bicicleta e faixa colorida com cor vibrante, a possibilidade de ocorrerem acidentes é muito maior que nas anteriores.
Essa ideia foi pensada para possibilitar a inclusão em locais com pouco espaço disponível, entretanto, também não existem regras claras quanto ao uso e podem ocorrer problemas.
Ao pedalar em locais compartilhados com pedestres, por exemplo, pode não haver compreensão de ambas as partes.
Ciclistas apressados e desrespeitosos e pedestres que ocupam toda a via dificultando a passagem da bike.
Dessa forma, podem ocorrer atropelamentos sérios e levar ao desentendimento grave entre as pessoas no local, principalmente com a presença de crianças que não são orientadas pelos pais.
Nos espaços compartilhados com automóveis surgem os problemas citados por quem usa a Ciclorrota.
A falta de sinalização adequada e a falta de paciência dos motoristas podem ocasionar acidentes que quando ocorrem prejudicam em maioria o ciclista por estar em um meio de transporte menos seguro e descoberto.
Lembre-se de pedalar com a proteção adequada usando um capacete de boa qualidade e leve consigo uma garrafa de água para se manter hidratado (a).
Como usar ciclovia e ciclofaixa
Como dito anteriormente, as ciclovias são faixas exclusivas para quem estiver pedalando, principalmente, pois, sua criação prevê a segurança desses indivíduos.
Por mais largas que sejam, não é permitido aos motoristas de outros veículos as usarem ou estacionarem nesses locais.
Atitudes como essa configuram infração gravíssima e é comparado a dirigir na calçada.
Não é comum ocorrerem essas infrações, já que as ciclovias possuem barreiras físicas que impedem a passagem, mas, quando não existem essas barreiras, motoristas de carro podem usar as ciclofaixas como rota mais rápida.
O que a lei prevê para o ciclista
Segundo a lei, o ciclista quando não está pedalando e sim andando e empurrando sua bike possui o mesmo direito dos pedestres quanto ao acesso às calçadas.
Como pedestre, quando não houverem locais exclusivos para a sua circulação, você deverá andar em fila única com outras pessoas no acostamento para promover a sua segurança.
Em casos de obstrução da passagem, pelas calçadas, por exemplo, você deverá se atentar às sinalizações para entender por onde pode transitar.
É essencial respeitar o semáforo para atravessar nas faixas indicadas afim de evitar acidentes, esteja atento (a).
A bicicleta é descrita como um veículo não motorizado, por isso, tem preferência em relação aos carros e motos, assim como é direito do pedestre ser preferencial nas vias de trânsito.
Proibições
Ao pedalar, você deverá andar nas vias preferenciais ou exclusivas para evitar acidentes.
As calçadas são feitas para os pedestres, então, só serão permitidas por lei para você, se estiver andando e empurrando a bike. Caso esteja pedalando, seu local é na via de veículos.
É proibido também transportar crianças que não consigam cuidar da sua própria segurança, pois, se o indivíduo não conseguir se apoiar em você ou na estrutura da bike, poderá cair.
Pedalar com cargas pesadas, andar com apenas uma roda no chão e pedalar sem se apoiar no guidão também são atitudes proibidas ao ciclista.
Onde pedalar quando não há via exclusiva
As ciclovias são direitos, mas, não são encontradas em todo o país, principalmente em cidades menores no interior do Brasil.
Por isso, é necessário entender onde é o local correto para pedalar em vias públicas quando não existem pistas específicas para o livre transito da bikes.
Nesses casos, você deverá usar as vias comuns de locomoção no transito, ou seja, na mesma rua ou pista em que estão os carros e motocicletas.
Como meio de transporte não motorizado, você terá preferência, mas, esteja sempre atento ao transito e evite manobras muito arriscadas para garantir sua segurança.
Dê preferência ao acostamento e não use as calçadas enquanto pedala.
São Paulo e a primeira ciclovia de longa distancia
São Paulo é no Brasil, a cidade com maior número de ciclovias e, recentemente os ciclistas que transitam por lá foram surpreendidos com uma ótima novidade.
A primeira ciclovia de longa distância vai ser construída em uma rodovia brasileira que ligará a capital paulista até o Distrito turístico Serra Azul, localizado em Itupeva.
A via terá 57 km de extensão e nascerá no canteiro central que divide a rodovia ao meio com a distância adequada dos carros, motos e caminhões para a segurança de quem pedalar.
Serão implementadas sinalizações adequadas e acesso controlado por barreiras na entrada e na saída com pontos de apoio durante o percurso.
O projeto ainda prevê a construção de passarelas para que os ciclistas tenham acesso à ciclovia sem precisar passar pela pista que obviamente não terá semáforos.
Essa rodovia já é bastante usada por indivíduos que praticam a modalidade speed ou estrada que usam o acostamento largo presente no percurso.
Cuidados necessários para quem pedala
Se você leu até aqui, significa que é um amante da prática do pedal, por isso, são necessários aderir a alguns cu
idados para evitar transtornos no percurso.
- Mantenha consigo, se possível, um kit de ferramentas na mochila em caso de trajeto longo por locais onde a estrada é íngreme e corre o risco de furar o pneu, por exemplo.
- Sempre use todos os acessórios de segurança destinados ao ciclista e de preferência a vestimentas próprias para a prática do pedal.
- Escolha um selim adequado de acordo com a finalidade que você destina a sua bike, assim, será garantido o conforto durante o percurso.
- Sempre esteja atento (a) em pistas compartilhadas e verifique bem antes de mudar de lado, alguns motoristas podem não respeitar você.
Segundo às nossas pesquisas a primeira ciclovia foi criada pela prefeitura de Paris no ano de 1862 para que os velocípedes não se misturassem com as charretes e carroças nos parques.
Na época, era muito comum os passeios nos parques fazerem parte da rotina dos habitantes e para evitar acidentes surgiu a necessidade da criação de faixas exclusivas para veículos mais simples.
Em 1986, foi implementada na Holanda a primeira ciclovia criada ao lado de uma via principal que permitia o pedal de aproximadamente 30 minutos.
Já no final do século XIX a ciclofaixa foi adotada na Alemanha com apenas 60 centímetros de largura, mas já significava um avanço quanto aos direitos dos ciclistas.
Já nos Estados Unidos, a primeira ciclovia tem registro no Brooklyn em 1894 onde foi feita uma divisão no caminho para pedestres.
A primeira ciclovia da América Latina foi construída em Campo Bom motivada pelo crescente número de usuários de bikes.
Já no Brasil, a primeira ciclovia específica foi construída em São Paulo, no ano de 1976 para promover a segurança dos ciclistas e garantir a permanência do pedal em vias públicas.
As ciclovias, assim como as leis de transito que abrangem os ciclistas são excelentes conquistas para quem é amante do pedal.